terça-feira, 21 de julho de 2009

Aprovação do novo acordo ortográfico

Fiquei completamente perplexa e indignada com a mais recente aprovação do Governo português em que este aprova o novo acordo ortográfico. Neste documento são suprimidos os hífenes, e aquelas tais letrinhas pelo meio de palavras como “óptimo” e “contacto” que serão abolidas como já há muito foram pelos nossos irmãos brasileiros. A aprovação deste documento tem como objectivo criar uma ortografia a ser usada por todos os países de língua oficia portuguesa que o venham a aprovar. No entanto, e resisto á mudança, talvez por elo intelectual à forma corrente da escrita. Aqui expresso a minha indignação em palavras sem meias medidas pois estou evidentemente contra a este acordo que leva praticamente ao afastamento da língua mãe.
Está certo que o documento não entra para já em vigor, existe ainda um período de transição de seis anos. Então mas e os anos passam! E depois desses seis anos como será? No emprego, na vida quotidiana e até quem escreve para o mundo sentirá uma diferença imensa. Já para não falar dos estudantes que terão que se adaptar claramente a esta nova escrita. Nos exames e até nos testes ao longo dos anos lectivos, haverão sempre aquelas dúvidas e hesitações ao empregar certas palavras. Hoje em dia, com o uso da língua portuguesa sem qualquer acordo feito, quem escreve bem e sem erros é de certa forma um aluno que se diferencia dos outros que evidentemente dão erros e têm uma baixa ou nenhuma sabedoria a nível ortográfico.
Li, um certo dia, que um estudante sem inclinação para o trabalho é como um esquilo na sua roda pois não faz qualquer progresso. Então, com a aprovação deste documento, como quererão um progresso, se o que acontece ultimamente é virar o mundo de pernas para o ar? Querem e impõem um progresso constante na vida dos portugueses, mas está visto que essa palavra não consta no balanço de desenvolvimento de Portugal.